Texto sugerido pelo nosso voluntário Daniel Medeiros Oliveira!
O dia 12 de outubro foi escolhido para homenagear a padroeira do Brasil, Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Segundo a história, dois pescadores encontraram em suas redes a imagem de uma santa, e após o ocorrido, os peixes se tornaram abundantes, atribuindo-se a esse e outros inúmeros milagres a sua intercessão, constatados à partir dessa data.
Tradicionalmente, o brasileiro tem uma devoção especial com a sua padroeira. Fiéis peregrinos de todo o país se deslocam para o templo que preserva a imagem original, reverenciada desde sua coroação em 1904, e declarada como padroeira pelo Papa Pio XI em 1930.
Inúmeros graças lhe são atribuídos, demonstrando um poder esplêndido de cura, quando a fé está presente naqueles que nela buscam auxílio. Independente de quaisquer dogmas religiosos, a devoção do fiel evidencia uma necessidade constante de buscar o apoio necessário para suportar as dificuldades impostas pela vida.
Assim acontece quando elegemos uma entidade considerada sagrada para servir como elo de contato com Deus, uma conexão evidente e essencial entre o penitente e o divino.
Esse dia também contempla uma data importante: comemora-se no País o Dia das Crianças, uma homenagem à inocência pueril, representada pela natureza despojada e alegre dos pequenos. Aqueles seres puros, desprovidos de maldades e discriminação, que carregam consigo a essência de uma postura sem ressentimentos, somente destoando da sua ingenuidade quando contaminadas com as mazelas e a malícia dos adultos.
O dia dedicado àquelas que traduzem a simplicidade e a alegria nos mostra também uma triste constatação: estamos transformando nossos pequenos em mercadoria para uma sociedade consumista, onde os presentes fúteis e totalmente descartáveis se sobrepõem aos verdadeiros valores da família.
Deixamos de lado os momentos de convivência prazerosa e harmônica para optarmos pela individualidade tecnológica das últimas novidades que o mercado nos oferece. Estamos vivenciando uma nova época, onde a interação com o mundo virtual impõe suas regras.
Os nossos pequeninos estão expostos a esse universo fictício de fantasias, na maioria das vezes supérfluas, relegando aos presentes materiais o verdadeiro sentido do dia dedicado aos inocentes. Uma infinidade de produtos, entre roupas, calçados, brinquedos eletrônicos e outros tentam abreviar uma fase essencial na vida das crianças, convertendo-as precocemente em adultos mirins, revestindo-as de uma responsabilidade que ainda não alcançaram.
"Deixai vir a mim as criancinhas, porque delas é o Reino de Deus", disse Jesus (Lucas 18, 15-17). Assim também devemos proceder, em nossos dias.
Deixemos que a sabedoria e a espontaneidade infantil nos invadam a alma, tratando nossos semelhantes com igualdade e civilidade. Nesses tempos de violência gratuita e desacertos de toda ordem, busquemos no sorriso puro de uma criança a inspiração para uma convivência pacífica e harmoniosa.
Seja no trânsito, nas relações do trabalho, no cotidiano do ambiente familiar, procuremos ver a criança que habita em nosso semelhante. Que a nossa mãe protetora Nossa Senhora Aparecida estenda sua abençoada mão, e conduza nosso destino voltado para o bom senso e a retidão.
Que nesse dia 12 de Outubro, possamos homenagear nossas crianças e nossa padroeira, renovando as esperanças por um país mais justo e fraterno.
Então, viva as crianças do Brasil. Viva Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
José Luiz Boromelo
Policial rodoviário da reserva, em Marialva (PR)